Quem escreveu o Salmo 107 é uma dúvida comum entre leitores da Bíblia que se encantam com a beleza e a profundidade desse texto. Esse salmo é um cântico forte de gratidão e testemunho, celebrando a fidelidade divina em meio a tempos difíceis. Ele abre o Livro V dos Salmos e marca um novo momento na história espiritual do povo de Israel.
A tradição atribui muitos salmos ao rei Davi, e isso inclui parte dos salmos de louvor e libertação. Porém, o Salmo 107 está entre os chamados salmos pós-exílio, o que sugere que foi composto por alguém que vivenciou ou refletiu sobre o retorno do cativeiro babilônico. Embora o texto não nomeie o autor, sua estrutura e mensagem refletem a experiência coletiva do povo restaurado.
Origem em tempos de restauração
O Salmo 107 foi escrito no contexto do retorno do cativeiro babilônico, marcando um período de gratidão e reconstrução espiritual do povo de Israel.
Autor anônimo, mensagem coletiva
Embora não nomeie o autor, o salmo expressa uma voz plural. É uma oração da comunidade restaurada, e não de um personagem individual como Davi.
Louvor pela misericórdia repetida
A estrutura do salmo repete uma sequência de sofrimento, clamor e livramento, mostrando que a fidelidade de Deus se manifesta em diferentes situações.
Um cântico pós-exílio com lições atuais
Mais que histórico, o Salmo 107 ensina que o louvor nasce da experiência vivida. É um convite à gratidão por cada libertação, mesmo hoje.
A autoria do Salmo 107 e seu contexto histórico
A discussão sobre a autoria do Salmo 107 aponta para um autor anônimo que escreveu com base na realidade de um povo que havia sofrido o exílio e retornava à sua terra. Esse contexto é essencial para entender o tom de celebração e alívio que permeia todo o salmo.
Por isso, muitos estudiosos o classificam entre os salmos históricos da Bíblia, pois ele narra não apenas sentimentos individuais, mas acontecimentos marcantes da jornada do povo hebreu. O Salmo 107 é uma resposta ao livramento, um cântico de gratidão por experiências reais de salvação.
Veja também: Salmo 107
Salmos atribuídos a Davi e a transição para os salmos coletivos
Os salmos atribuídos a Davi carregam marcas de sua vida pessoal: perseguições, vitórias, arrependimento e fé. Já o Salmo 107 se volta para a experiência do coletivo. A linguagem usada inclui expressões como “os remidos do Senhor” e “de todas as terras os congregou”.
Essa mudança revela o surgimento de um novo tipo de salmo: aquele que representa a nação, os sobreviventes, os exilados que voltam e reconhecem que a misericórdia de Deus esteve presente mesmo nas provações mais duras. Por isso, o Salmo 107 é também considerado um salmo da fidelidade divina.
Louvor pela libertação divina e pela misericórdia
O tema do louvor pela libertação divina aparece desde o primeiro versículo: “Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre”. É um salmo que não pede — ele agradece. Um salmo de agradecimento de quem passou por tormentas e foi salvo.
O autor (ou os autores) destacam que em diferentes situações — fome, prisão, enfermidade ou tempestade — o povo clamou ao Senhor e foi atendido. Isso mostra como o Salmo 107 é também um salmo sobre misericórdia de Deus, ensinando que mesmo nos piores momentos, há redenção quando se clama com fé.
Estrutura literária dos salmos e o padrão do Salmo 107
A estrutura literária dos salmos varia bastante, mas o Salmo 107 tem um padrão marcante. Ele apresenta uma sequência repetida:
- Descrição de uma situação de sofrimento;
- Clamor a Deus;
- Resposta divina de livramento;
- Convite ao louvor.
Esse modelo aparece quatro vezes ao longo do salmo e ajuda o leitor a identificar um ritmo, tornando-o também um salmo para refletir sobre provações. Ele mostra que, não importa o tipo de dor, Deus ouve e age.
O Salmo 107 como salmo das maravilhas de Deus
Outro ponto forte é que o Salmo 107 destaca as obras divinas de forma poética e visual. Fala de pessoas errantes que encontram cidade, prisioneiros libertos, enfermos curados e marinheiros salvos da tempestade. Por isso, ele é chamado por muitos de salmo das maravilhas de Deus.
A repetição da frase “Oh! Que rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens!” reforça a ideia de que o louvor deve ser constante. Deus não age uma única vez — Ele age sempre, em todos os cantos e situações.
Um salmo de peregrinação e salvação
O Salmo 107 também pode ser lido como um salmo de peregrinação e salvação. Os que voltaram do exílio estavam em movimento: de volta à terra prometida, de volta ao templo, de volta à fé. Esse movimento físico e espiritual é o pano de fundo do salmo.
Ao cantar esse texto, o povo celebrava não só o fim de uma dor, mas o início de uma nova fase. Ele expressa a esperança que brota quando se reconhece que a mão de Deus esteve presente até mesmo no deserto.
Quem escreveu o Salmo 107 e o que ele nos ensina hoje
Refletir sobre quem escreveu o Salmo 107 nos leva além do nome de um autor. O mais importante é perceber que esse salmo nasce de uma experiência real de dor e restauração. É um testemunho coletivo de que Deus livra, ouve, transforma e conduz.
Hoje, ele continua a tocar quem passa por tribulações. Seja no exílio emocional, espiritual ou físico, ele nos convida a confiar que há socorro divino — e que a gratidão é sempre um caminho para renovar a fé.
Perguntas frequentes
Quem é o autor do Salmo 107?
O texto não nomeia o autor, mas estudiosos acreditam que foi escrito após o exílio babilônico, por alguém que viveu ou refletiu esse período.
O que o salmista quis dizer no Salmo 107?
Ele expressa gratidão a Deus por livramentos em situações extremas, ressaltando a misericórdia e as maravilhas divinas.
O que o Salmo 107:1 nos ensina?
Esse versículo ensina que devemos agradecer a Deus sempre, porque sua bondade e misericórdia são eternas.
Qual é o significado do Salmo 107?
É um salmo que celebra a restauração e o livramento de Deus, mostrando que mesmo nas maiores dores há redenção e novos começos.
Leia o Salmo 107 com calma. Marque as repetições. Medite nas imagens de libertação e agradeça pelas suas próprias vitórias. Compartilhe esse salmo com alguém que precise renovar a esperança — ele é uma canção de quem sobreviveu, e ainda louva.

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